segunda-feira, 15 de junho de 2009

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JavaOne 2009 - Uma Visão Geral

Passada mais de uma semana do término do JavaOne 2009 resolvi fazer mais um post, desta vez com uma visão geral e uma espécie de "repescagem" de coisas que eu não havia citado. O post diário é mais detalhado, mas não responde a pergunta de muitos quando voltamos pro Brasil: "como foi o evento"?

Como das outras duas vezes, o evento foi excelente. É no JavaOne que são feitos os maiores anúncios da tecnologia, e a gente vê em primeira mão protótipos/produtos em vias de lançamento. Ano passado, destaques para a caneta LiveScribe, o Amazon Kindle e o Sentilla Perk. Esse ano, gostei do JavaFX rodando em TV, Set-top box, Celular, Netbook, Desktop e até uma JukeBox (aquelas máquinas de música, que a gente vê em filme americano) turbinada (saiba mais e veja foto) criada por dois caras que dirigiram 35 horas de New Orleans até San Francisco para mostrar a invenção. No Toy-Show de James Gosling esqueci de citar o uso de Java em automóveis, tanto num Lincoln 1959 movido a eletricidade produzida por um gerador de gás natural (coisa de Gosling e Neil Young) , até a Volkswagen usando Java para testes de direção em altíssima velocidade (sem piloto!) num Audi TTS. Teve também um software de busca em imagens que pode ser utilizado, por exemplo, no auxílio a diagnóstico de Cancêr. No CommunityOne, me surpreendeu o destaque dado a Cloud Computing e as Plataformas Sociais e Colaborativas. Mais ligadas ao nosso dia a dia, no geral também não faltaram sessões relacionadas a desenvolvimento Web, SOA, Servidores de Aplicação, Mobile, RIA e Desktop.

O que tem de melhor fica para as General Sessions. Não consegui assitir todas, mas ainda pretendo ver os vídeos das que perdi, principalmente a Intelligent Design: The Java Pervasive Platform. Mais diversificadas e várias ocorrendo simultaneamente, as Technical Sessions também tem um fator sorte. Muitas vezes a gente vai pelo título ou tema, e assiste a algumas apresentações "meia boca". Optei por privilegiar as apresentações dos brasileiros (falei sobre todas elas em cada post), as ligadas as Grupos de Usuários Java e Java Champions e, por fim (mas não menos importantes), a tecnologias que tem a ver com meu trabalho no Serpro, principalmente ligadas ao Framework Demoiselle. Já recomendei, e repito: Todo esse material fica disponível on-line, "de grátis", e deve ser considerado como fonte de pesquisa.

Apesar de tanto "tecnologiquês" legal (quer mais? veja um resumo neste blog), a atmosfera desse JavaOne estava diferente. Efeitos da "crise", da gripe suína (vi pouquissima gente de máscara nos aeroportos) e da incerteza quanto ao futuro pós aquisição da Sun pela Oracle já tem impactos visíveis: Nada de "megafilas" para entrar nas General Sessions (foram cerca de 9.000 participantes, ano passado 15.000 e teve ano que chegou a 25.000), nada de "pirotecnia" nas sessões de abertura e encerramento, nada de jornalzinho diário (era algo tão bom nas outras edições...), nada de John Gage como mestre de cerimônias (ele e seu "Don't be shy, be like brazilians" - que provocava a maior algazarra na platéia - fizeram falta; soube que saiu da Sun), nada de sessões/jantares exclusivos da imprensa com executivos da Sun (para que? eles não sabem o que dizer...), nada de "competição" pela delegação (tinha bem menos brasileiros esse ano, e os que tinham ficaram bem mais dispersos que em 2008, quando andávamos em "comboio") mais barulhenta (Brasil e Holanda eram os rivais do ano passado, mas no maior clima de confraternização, viu?), nada de "See you next year!" ao final do evento, quando normalmente já se divulga o periodo exato do próximo JavaOne.


Em todos os JavaOne essa é tradicionalmente a "capa" de Bruno Souza, o "Brazil's Java Man"

Ainda buscando "desaques", gostei tanto de um "resumo" feito no Twitter do JavaTools, que decidi postar aqui uma "tradução não oficial":
  • Dispositivo do ano: Netbooks! Parecia que todos estavam carregando um Netbook para twittar e verificar e-mails durante as sessões.
  • Buzzword do ano: "The Cloud". Sun Cloud, ferramentas para a nuvem, codificação na nuvem, implantação (deploy) na nuvem, borrachas de nuvens como brindes.
  • Orador convidado do ano: Larry Ellison. O dono da Oracle supostamente iria responder algumas das questões que todos estavam perguntando, mas ele não o fez.
  • General Session inesperada do ano: Microsoft. Eles não só tinham um keynote, mas falaram de open source também.
  • Estandes faltando do ano: Oracle e Google. Duas das tradicionalmente mais populares estandes no pavilhão, não estavam presentes em 2009.
  • "Costume" faltando do ano: JavaOne Today. O jornal que costumavam distribuir pela manhã, resumindo o dia anterior, foi cortado fora.
  • Pergunta mais feita do ano: "Vai ter outro JavaOne? Todo mundo estava querendo saber. Ninguém respondeu.
  • A resposta mais dada do ano: "Nós não podemos falar sobre o assunto". Essa era a
  • resposta padrão dos empregados da Sun, quando questionados sobre a fusão com a Oracle.
Pra concluir, o melhor de tudo mesmo é o networking que a gente faz. A constatação que são todos "normais", com ansiedades, defeitos, problemas, virtudes. A mistura de culturas, países, sotaques. As novas amizades que se formam, as comunidades que se criam e/ou fortalecem. O Java, no centro, com seus 14 anos de vida sendo o elo principal que liga tantas pessoas. Essa força nos dá confiança que, aconteça o que acontecer, ainda vem muita coisa boa pela frente.

2 comentários:

André Faria Gomes disse...

Ola Serge Parabens pela cobertura, apesar de nao ter participado este ano, tambem fiz um post sobre o evento, uma compilacao de tudo o que eu li a respeito na verdade.

http://andrefaria.com/2009/06/14/saiba-tudo-sobre-o-java-one-2009/

Abraco,
Andre Faria

sabetudo disse...

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